Pode parecer complexo, pode parecer que só é para empresa grande, mas ESG veio para ficar em qualquer lugar
Você já ouviu falar do Pacto Ecológico Europeu? É a estratégia da União Europeia (EU) para alcançar a neutralidade climática até 2050 ao cumprir os compromissos assumidos o âmbito do Acordo Internacional de Paris.
E como isso se traduz no nosso dia a dia em Portugal?
É mais que necessário fazer a transição para uma economia moderna e competitiva. E isso significa para as empresas – seja qual for seu segmento – irem além do que está escrito na lei. É promover a aplicação prática de ESG – três letrinhas que vieram para mudar nosso modo de pensar e agir – Environment, Social and Governance – ou seja, meio ambiente, responsabilidade social e governança.
A Lei de Restauração da Natureza da EU aprovada em fevereiro pelos eurodeputados aguarda a aprovação final dos Estados-membros da União Europeia para a legislação entrar em vigor. Ela determina a restauração de um mínimo de 20% das áreas terrestres e marítimas na UE até 2030, com o objetivo de restaurar todos os ecossistemas afetados até 2050. Atualmente, 80% dos habitats europeus precisam ser recuperados.
ESG vai além do impacto ambiental
Se o avanço ambiental é imprescindível, como se começa a implementação de uma política ESG? Quanto custa? Quem precisa estar envolvido na organização? O ponto inicial é que haja vontade e determinação da diretoria executiva.
É importante ainda esclarecer que uma política ESG pode ser implementada independentemente de tamanho e setor da organização – seja ela privada, pública ou uma instituição não governamental para o desenvolvimento.
A Informa D&B Portugal divulgou recentemente seus indicadores Score ESG. No documento, a consultoria destaca que “As práticas ambientais, sociais e de governance das empresas serão cada vez mais escrutinadas, devido às crescentes pressões e exigências políticas e sociais e à existência de mais e melhores dados monitorizáveis”.
No Score ESG da InformaD&B, os indicadores Ambiental (E) envolvem gestão da energia/ água, intensidade carbônica por setor de atividade, incentivos públicos à proteção ambiental. Os indicadores Social (S) envolvem as relações laborais e diversidade, avaliação de risco de delinquency, incentivos à inclusão social e emprego. E finalmente os indicadores Governance (G) envolvem a diversidade da gestão, transparência empresarial, indicador de resiliência e indicador de empresa familiar.
Então, é muito complexo para começar – e meu negócio é pequeno…
O mais incrível na aplicação do ESG é que é possível começar de forma pequena. Um projeto de responsabilidade social empresarial – como apoio recorrente a uma instituição filantrópica com participação na gestão. Ou então, uma política de equidade focada em recursos humanos. Ou então, uma análise da governança e melhoria de processos.
O primeiro passo é reconhecer que há um caminho a percorrer e há especialistas em diferentes áreas para apoiar a organização. E a comunicação caminha junto nesse processo, pois envolve conversas internas e externas, relacionamento com diferentes públicos, abordagem política.
Então, não espere seu negócio crescer para iniciar o processo de ESG. Comece logo!