Contar histórias vividas no exercício da profissão. Deliciar os leitores – especialmente os que amam uma boa reportagem – com causos pitorescos e aventuras impensáveis de se viver para quem nunca exerceu o ofício de repórter. É disso que se trata “Minha vida de Repórter”, do jornalista José Maria de Aquino, organizado por Nelson Nunes.
Nelson Nunes, é um jornalista ‘de tirar o chapéu’, que atua na imprensa há 40 anos, com passagens pela A Gazeta Esportiva, Folha da Tarde, Jornal da Tarde, SBT, Jovem Pan e revista/caderno Propaganda e Marketing, além do Diário de S.Paulo, onde trabalhou por 22 anos e conheceu a também incrível jornalista Claudia Santos. Atuou em comunicação empresarial na direção da P4 Comunicação, onde foi consultor de vários projetos editoriais nas Organizações Jaime Câmara, reestruturando os veículos O Popular, de Goiânia e Jornal de Tocantins, de Palmas.
Já as orelhas do livro – aquelas abas que adoramos ver quando estamos nas livrarias – são de autoria de não menos conhecido jornalista brasileiro Milton Neves.
E sem maiores delongas, se ainda não conhece, apresento o autor do livro “Minha vida de Repórter”, de Zé de Aquino – segundo o jornalista Cláudio de Souza, o primeiro diretor da revista Placar -onde integrou o time na Placar, lançada em 1970 é o melhor repórter esportivo do Brasil. Ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo em 1969 com a série “O jogador é um escravo”, com o jornalista Michel Edouard Marius Laurence. As oito reportagens estão na íntegra na parte final do livro, nas suas oito reportagens.
Foi Laurence que na TV Globo o convidou para comentar a Copa do Mundo de 1982. Lá, formou uma das equipes da emissora para cobertura de Copas e foi chefe de Redação. Passou ainda pelo jornal O Estado de S. Paulo e SporTV e hoje está no Terra Esportes.
Então, vamos ao livro?
Não espere ordem cronológica e nada super arrumadinho – afinal, vida de repórter é assim como descobrirá na leitura.
E nada melhor que o próprio autor, Zé de Aquino, sobre seu livro: “O resultado desse aparente caos deve desembocar numa coletânea de momentos alegres, emocionantes, de tensão, de medo. Fatos que vivenciei no front da reportagem e que, imagino, os jovens que buscam o jornalismo, e mesmo aqueles que nele ja ingressaram há bons pares de anos, dificilmente viverão. Afinal, o mundo da comunicação mudou muito, transformando o jeito de fazer reportagem. Já não se vai tanto aos locais dos fatos, agora trazidos pelas imagens da televisão e pela impressionante velocidade da internet. O imediatismo das redes sociais fez o profissional perder o monopólio de produzir notícias. Mas nada há de roubar daqueles que têm alma de repórter o privilégio de contas histórias – como essas que eu vi e vivi”.